O governador Romeu Zema enviou à Assembleia Legislativa de Minas Gerais um projeto de lei que, se aprovado, vai provocar o reajuste da contribuição dos usuários do Ipsemg (Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de MG). A promessa de Zema é que, com o aumento da arrecadação, possa haver uma melhora dos serviços e da infraestrutura, com abertura de leitos e ampliação da assistência eletiva e da oferta de exames e tratamentos. O déficit estimado do Ipsemg para este ano é de R$ 200 milhões.
O projeto propõe mudanças significativas, como um aumento de 81,8% na tarifa mínima e máxima paga pelos usuários, passando de R$ 33 para R$ 60 no piso e de R$ 275,15 para R$ 500 no teto. Também prevê uma alíquota adicional de 1,2% para usuários com 59 anos ou mais e o fim das isenções para filhos menores de 21 anos, estendendo a contribuição para dependentes até 38 anos. Dados levantados pelo Instituto indicam que, atualmente, cerca de 140 mil 140 mil crianças e adolescentes utilizam a rede sem qualquer tipo de contribuição mensal.
Além disso, o projeto contempla ajustes para cônjuges, mantendo a alíquota de 3,2% da remuneração do titular, mas considerando a contribuição dos dois servidores para o teto de R$ 500. O presidente do Ipsemg destaca a necessidade dessas mudanças para garantir a qualidade do atendimento, especialmente para os idosos, que hoje representam a maior parte dos usuários.
Em nota, o sindicato dos servidores reconhece a insuficiência da arrecadação atual para a assistência, mas cobrou ações como conclusão de obras em hospitais e a ampliação do acesso a consultas e exames, principalmente em regiões do interior do estado. Eles ressaltam a importância de garantir um atendimento adequado diante do envelhecimento da categoria e acompanharão de perto as promessas feitas para a melhoria da rede do Ipsemg. Segundo a direção da entidade, a categoria vai acompanhar todas as promessas para a rede. "Nos foi prometido que o recurso que vier será para a melhoria da rede, então, vamos acompanhar de perto todos os passos dessa reestruturação. Não aceitaremos só promessas", destaca a nota, assinada pelo presidente do Sindipublicos (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público de Minas Gerais), Geraldo Henrique.