A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou a projeção de crescimento do PIB brasileiro para 2024 de 3,2% para 3,3%, refletindo a alta de 1,4% no segundo trimestre. No terceiro trimestre, a expectativa subiu de 0,6% para 0,7%, sinalizando desaceleração moderada após forte expansão anterior. Para 2025, a projeção é de 2,5%, impactada pelo provável aumento da taxa Selic, apesar de melhorias esperadas na safra de grãos e produção extrativa.
O desempenho setorial apresentou ajustes. O crescimento esperado para a indústria permaneceu em 3,5%, impulsionado pela construção civil e indústrias de transformação, favorecidas por políticas de estímulo como o novo PAC e o programa Minha Casa, Minha Vida. Já o setor de serviços teve sua projeção elevada de 3,3% para 3,4%, com destaque para o mercado de trabalho aquecido e melhores condições de crédito, embora se espere desaceleração no ritmo de expansão até o final do ano.
A inflação medida pelo IPCA foi revisada de 4,25% para 4,4%, próxima do teto da meta, devido à alta de itens voláteis como alimentos. No entanto, a SPE prevê desaceleração até dezembro, com bandeiras tarifárias de energia em níveis mais baixos. A inflação geral deverá cair nos próximos anos, com projeções para 2025 indicando IPCA em 3,6% e INPC em 3,4%, influenciadas por inércia inflacionária e variações cambiais.
Os dados do Boletim Macrofiscal integram o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, previsto para 22 de novembro. O documento embasa decisões sobre o Orçamento, considerando metas fiscais e limites de gastos. Com essas projeções, o governo ajusta a gestão financeira para equilibrar crescimento econômico e controle inflacionário.