O ano de 2024 foi de resultados positivos para o estado de Minas, conforme o Balanço Anual da Fiemg. Até o terceiro trimestre, o PIB cresceu 2,8%, impulsionado pela indústria, que avançou 4,2%, com destaque para os segmentos extrativo (6,3%), construção (8,9%) e energia e saneamento (7,5%). No mercado de trabalho, a taxa de desemprego estadual caiu para 5%, menor índice desde 2012, com 11 milhões de pessoas ocupadas, sendo 2,53 milhões no setor industrial, representando aumento de 5,7% em relação a 2023.

No cenário nacional, o PIB cresceu 3,3%, com alta na indústria (3,5%) e serviços (3,8%). Apesar do bom desempenho, a Fiemg alerta para desafios em 2025, como inflação, juros elevados e riscos fiscais. O presidente da Fiemg, Flávio Roscoe, destacou que o crescimento atual é insustentável a longo prazo, devido à falta de investimentos estruturais e ao déficit fiscal crescente, que preocupa os agentes econômicos.

A análise também evidencia o impacto positivo do mercado de trabalho no consumo das famílias, contribuindo para o crescimento econômico. Contudo, a política monetária restritiva deve frear a criação de empregos em 2025. A Fiemg defende investimentos em infraestrutura, inovação e qualificação profissional como caminhos para o desenvolvimento sustentável e a ampliação de oportunidades no estado.

Segundo o economista-chefe da entidade João Gabriel Pio, a indústria mineira deve crescer 3,2% em 2024, mas este ano poderá haver retração econômica. Ele destacou que, entre 2021 e 2023, a economia mineira teve uma média de crescimento de 4,1%, superior à nacional. O desempenho consistente dos últimos anos reforça, segundo Pio, a necessidade de estratégias para manter o ritmo e superar os desafios previstos.