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A falta de insulina no mercado de medicamentos global acende alertas de médicos em todo o mundo. A médica Marlene Aredes Mota explica que para alguns tratamentos de diabetes, não há nada que substitua o hormônio.
Segundo ela, a diabetes é uma doença crônica que tem como sua principal característica os níveis elevados de açúcar no sangue. A doença ocorre quando o organismo não produz ou absorve a insulina (hormônio que regula a glicose) de forma adequada.
"A insulina é um hormônio que todos nós produzimos e que sem ela a gente não sobrevive", explica a médica Marlene Aredes sobre a insulina, que é responsável por fazer com que a glicose saia da corrente sanguínea e entre nas células, fornecendo energia para o organismo.
Marlene Aredes explica que a diabetes tipo 1 ocorre quando o sistema imunológico do paciente ataca as células que produzem insulina, provocando uma deficiência grave do hormônio. Esse tipo da doença, que é mais frequente em crianças e adolescentes, acontece em pessoas que têm uma predisposição genética. Essa variedade da diabetes sempre é tratada com insulina, planejamento alimentar e com atividades físicas.
Já o tipo 2 da doença, que é mais comum, ocorre quando o corpo humano não consegue usar adequadamente a insulina produzida ou quando a insulina produzida pelo corpo não é o suficiente para controlar a taxa de glicemia.
O tipo 2 de diabetes tem como principais fatores de risco a obesidade, alimentação não-saudável e a falta de exercícios físicos. É mais frequente em adultos, mas tem aumentado o número de crianças com esse tipo devido ao aumento da obesidade infantil. O tratamento depende da gravidade do caso. Pode ser controlado por planejamento alimentar e atividade físicas, mas em outros casos o controle da glicose por meio de medicamentos e até uso de insulina pode ser necessário. "Viver uma vida mais saudável, se alimentar melhor e realizar o acompanhamento de sua glicose com frequência", é o que aconselha a médica para diminuir o risco de desenvolver diabetes.